Vulcão


Vulcão

Marlene Caminhoto Nassa

Os teus vales, montes e planície,
E uma pequena elevação,
A geografia do teu corpo, enfim,
Quando percorro com minha mão,
Mostra-me sempre um acidente,
Com essa mesma elevação.
De pequena, flácida, pendente,
Torna-se imensa, rija, quente!
Apontando para cima, imponente,
Buscando sempre uma penetração,
Olhando meu corpo de forma indecente.
E no meu sexo, na minha boca ou na minha mão,
Trabalha, incansavelmente, como um vulcão,
E quando ela expele sua lava quente
Tua boca, feito cratera,
Urra como um leão!

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