Nus, somente nus
Osvalda Ventura(Tradução Mário
Faccioni)
És
minha sombra, és minha luz,
Um
caminho eterno que quero percorrer,
És o
olhar perdido, um suspiro de alegria,
És
tanto isso é,
És
parte de meu seres.
Tudo
refletes, entre olhares de prazer,
Somente
tu, entre mil mares de paixão,
Devorando
cada beijo que entrelaças em meu corpo,
Me
martirizas;
Sangue
brota, tudo isso que carregas e enlouqueces,
Isso
que furiosa,
Se
estremece de nostalgia como si venerara a um Deus,
Mas
se esconde entre os lençóis,
Encharcados de
teu amor,
Desvanecendo o
sentir.
Não
tenha piedade de mim,
Passe lentamente
tua língua sobre um corpo moribundo de dor,
Uma
dor estranha,
Que
se sente vir,
Que
sente o morrer massacrado entre tuas mãos,
Essas
que penetram o túnel do coração;
Tudo
treme,
Se
estremece, bate forte o coração,
Palpita
cada minuto que moldas meu interior.
Entre
gritos faz-me tua,
Bendiz meu
ser,
Mata
estas ânsias loucas de morrer dentro de tua pele,
Faz-me
amor lentamente,
Te peço
não tenhas piedade de mim,
Toma
cada pedaço deste ser e com canções aproxima-o de ti.
Molde
minha vênus com frigidez,
Faz
que os cantos deste quarto sejam testemunhas de nosso amor,
Entrega
tua alma,
Não
temas amor,
Deixa
que o céu cubra nossa nudez,
Que
deslize seus finos dedos entre os cabelos que cobrem tu pele,
Permite
que contemple como minha pele se banha de ti,
Desfruta meu
homem sem pudores,
Ama
a quem te dá de beber,
Esquece a
hora esconde o relógio,
Somente
somos dois corpos queimando-nos,
Amando-nos
sobre o caminho,
Alongando
simplesmente prazeres pecadores,
Agonizando,
Morrendo de sede,
Sede
por que penetres o que viril acaricio com prazer,
feche
com chave de ouro e criemos provérbios,
contos,
melodias, apaziguando mares sem criar temores.
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