Desnuda

Desnuda minha alma

Dagny Marisol Meza Cartier (Tradução Mário Faccioni)

Desnuda minha alma, com cada beijos,
não a deixes angustiada, e sozinha
percorre suas partes, ainda dispersas.

Alma que descobres em cada pétala,
de um lírio, uma violeta, ou uma amapola,
Não a deixes entristecida, e desolada.

Desnuda minha alma, vaga e inquieta
bordeando a espuma da onda,
adormecida docemente no mel de teu perfume.

Alma que aflora sobre as gretas,
no penhasco sob o mar profundo;
esculpe devagar, com suaves pinceladas.

Desnuda minha alma com teu olhar,
embalsama meu coração com teu perfume,
rega com teu cálido sangue.

Desnuda minha alma ao chegar a primavera, 
detém o inverno, que o verão ainda demora,
enquanto o outono cobre com suas folhas, os campos.

Alma que como espuma se dissolve,
as tristezas, em sua efervescência galopa,
deixa que a primavera nos descubra.

Desnuda minha alma, deixa voar as borboletas,
em liberdade, em silencio, sem determinar sua metamorfose,
simplesmente, sem medidas sobre as coisas.

Alma que habita em teu perfume,
suspiros ao vento, cada dia elevas,
descrufixar teu charme no andar, sua elegância.

Desnuda minha alma, nada tens, nada obténs,
distanciando-se do amor, sem o negando,
Porque nesse abandono de amar, se entregue.
Alma alcance na incerteza, a alegria
tocar o céu com o seu toque,
na disparidade no intervalo da discrepância.

Desnuda minha alma nela habitas,
criando furacões, vendavais e tempestades;
Vai parar de sangrar, se ainda deliras,
porque o barco sai sem esperar.

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