Pecado


O pecado do amor

Patricia  Guzman(Tradução Mário Faccioni)

Ela  baixou o olhar ante os olhos dele
e sua mão tremula acariciou seu dorso nu
enquanto seus lábios vigorosos
aprisionavam os dela
cálidos e ternos.

Suas mãos finas o acariciaram
em suaves toques de pétalas caindo
lentamente e em silencio sobre suas costas
baixando o infinito sutil calor que emanava
de seu corpo que ele acariciava
com caricias que queimavam.

Seus lábios descobriram aquele dorso nú
de cor de cobre fundido
e o sabor de sua pele sofrida, que beijou docemente
e as mãos se deliciaram ternamente
ante aquela caricia incandescente.

E suas mãos baixaram por seu corpo, amorosamente
para acariciar o pináculo da vida lentamente
sentindo o calor e a respiração forte
e seus lábios queimando o peito intensamente.

Deslizou-se por seu corpo ajoelhando-se frente a ele
que exalou um suspiro qual ave ante um sacrifício
e fechou os olhos esperando sobreviver.
E seus lábios se deslizaram, com feminina doçura
sobre o crepúsculo de sua vigorosa masculinidade,
E sua língua se enredou em mil caricias eternas
fazendo círculos sobre o clima de prazer.

E deslizou suavemente pelo tronco da vida
acariciando com sua bochecha o cálido palpitar
de sua pele suave e quente que sua língua percorreu,
enquanto suas mãos se enredavam e seus olhares
se confundiam fugazmente entre o desejo e o amor.

Sua boca se inclinou, sobre o pináculo da paixão
seus lábios vermelhos e quentes fecharam em sua prisão
o cilindro de sua firmeza elevada coberto de sua pele vermelha
imprimindo a força do amor em uma dança constante de vai e vem  sufocante
em um louco sobe e desce de caricias inquietantes e desejos  exuberantes.
Ele fechou os olhos e seus dedos se enredaram
em seus cabelos lisos e perfumados
e suas mãos se apoderaram de
seu fino pescoço de porcelana imprimindo suavemente
movimentos cadenciados a seus lábios turgentes
enquanto seu quadril subia e descia
em uma entrega frenética de prazeres voluptuosos.

E seus lábios  acolherem em incessantes caricias
o elixir da vida que emanou fugazmente de seu interior
gotas de chuva branca que a lua chorou em louco frenesi
de paixão contida que finalmente liberou.

Em um momento febril de incontrolável desejo
em que tão somente o instinto foi seu maestro
ela o amou em plenitude adorando seu corpo
deixando em cada centímetro a essência da recordação.

Quando a liberação do amor finalmente acabou
em seus braços ele a tomou e sobre seu colo a sentou
e o sabor da chuva branca de seus lábios provou
a doçura, a ternura e a paixão
uma só forma tomou e em um forte abraço se converteu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário