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O meu intúito com o Blog é divugar a poesia, e alimentar a alma.
Quero dizer-te, meu amor que ando longe. Longe de mim, não sei por onde. Que há aqui, meu amor não sei onde, uma simplista neblina, um pó de insulação no horizonte complicado dos meus olhos que sei habitados. Que sim meu amor, que aqui não sei onde, sei isso, que não vejo. Mas ouço, meu amor como o som distante, muito distante, de passos e vozes de amarras invisíveis roçando invisíveis costados de barcos encostados a desembarcadouros onde – não sei onde, meu amor – há muito não há embarques. Quero dizer-te, meu amor que continuo a brincar com palavras, aqui, não sei onde como as sombras das velas brincam com as sombras do vaivém que nem vai nem vem da água, nos silêncios do vento. E quero dizer-te, meu amor que aqui, não sei onde sei que amar-te é rumo. Rumo que sei sempre mesmo se ando não sei por onde, longe de mim. Brincando, nos silêncios do vento nas velas, com as sombras da água no vaivém que vem e vai, das palavras. Que quero, sei que quero dizer-te, meu amor. Quando chegar.
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