Santidade Profana
Janaína da Cunha
Selvagem,
profana santidade,
ingênua malícia crescente.
Diminui a razão,
cresce o desejo
e a língua mente.
Nos olhos, a busca;
na boca, promessas mudas.
A cama desenha apelos,
corpo a corpo,
a pele desnuda.
Lençóis insanos voam pelo chão.
braços, pernas, mãos...
impaciente, volúvel sedução!
A hora pára no tempo,
o espaço abraça o infinito.
a carne come o santo
e o gozo, os sentidos.
Entre as pernas, segredos;
tabernáculo do prazer.
labareda de suores e gemidos,
cachoeira de erotismo,
explosão do querer!
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