Trieto
David
Qual a distância entre minh'alma e a sua
No mágico instante em que nossos corpos se avessam
No debulhar suave do prazer sob a pele
Quando como expectadores os deuses se apressam?
Que fundição há nos nossos sentidos
Quando se esquece de tudo para imperar a emoção?
Razão animal, ainda sim, tão humana!
Dois corpos coesos, num só coração.
Espremer de ambos todas as forças
E do suor cada gota buscando o nascer
Laboriosos e doados intensos
Entrar e sair, superar, transcender.
Enlouquecer a razão se esta não basta
Para libertar-nos atados por esta doçura
Momentos a três ou a quatro
Não se mede os fatos, se vive loucuras
Em quartos distantes já somos tão diferentes
E confundem-se nossos corpos no findar do sentir
Todos despidos, sem máscaras ou faces
Vocês tão lá e pela mesma razão, eu aqui.
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