Nossa sublime entrega
Poetamor (Tradução Mário Faccioni)
Acarícia-me amor com as pétalas de teus lábios
com a suavidade divina de suas terminações nervosas
feito fogo em um instante,
com o encanto de teus toques mágicos
feito prazer,
com a sublimação de teu ser
em tua paixão afrodisíaca
e tua pele.
Acarícia-me cada parte minha,
cada poro, cada partícula de pele;
percorre meu mar de lava e em suas loucas paixões
com teus lábios de rosa,
e deslíza-te em meu rosto,
em meu pescoço, em minha orelhas, e volta sobre minha boca
e dança em meu paladar
com o baile língual ao canto de Eros.
Navega mar adentro, sobre meu peito ardente,
lambes com ternura de flor
meus impacientes mamilos
e em círculos cadenciosos percorre meu ventre,
chega em meu púbis
e saboreia em meu sexo toda paixão,
de meu coração seus amores
e de meu corpo seus gemidos e cheiros.
E navega para o sul
seguindo as linhas de minhas coxas e pernas,
segura e joga em meus pés
forjando em cada centímetro gozo infinito,
êxtase, orgasmo epidérmico, passional canto.
E ao terminar em cada pé teu jogo e tu dança
sobes suave com teus lábios
o caminho de minha pantorrilha, as costas de minhas coxas,
de meus glúteos e minhas costas…,
e mordendo meus ombros devóra-me,
enquanto te sinto em mim
e eu dançando dentro de ti quente
me perco em ti e tu em mim.
E depois do êxtase sublime
Navegamo-nos outra vez mutuamente
Acaricía-me uma e outra vez com a dança de tua língua
Em cada espaço meu, poro e partícula de pele…
Percorre-me uma vez mais com tuas mãos,
Com teus lábios, com tua língua,
Com teu sexo
E ao estar novamente sedentos
E ardendo em nossos amores
e flores de prazeres,
com tua rosa ardiente e meu cravo firme e amante
entreguemo-nos ao amor e a paixão
do encontro de dois seres em delírio irracional
do balanço dos corpos em entrega,
do fluir de suores e sabores,
dos hormônios em suas ânsias,
e dos feromônios
em seus estados de loucuras.
E uma vez amor, ao unir-se em totalidade
em êxtasis de dois em um
nascer a paz e a vida.
Amor, esta entrega nossa a margem do tempo e do espaço
é a dança de dois corpos nus,
de nossos braços e pernas,
de nossas mãos e dedos,
de nossos olhares e suspiros,
de nossos narizes com suas agitadas respirações,
de nossos lábios e nossas línguas,
de nossos poros e nossas peles,
de nossos sexos penetrados,
de nosso ser,
de nosso todo e nosso nada,
da singularidade de dois e de um,
da totalidade.
És, minha vida, nosso céu o inferno,
consolo o desconsolo,
ao fim e o ínicio é nossa entrega.
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