Estremecida

Estremecida


Lidia Nakasone(Tradução Mário Faccioni)

Tuas mãos em minha cintura
teu ilhar em meus olhos
buscando a profundidade
desde onde nascem os suspiros
que se prendem apertados
entre teus lábios e os meus
incendeias em minha boca
o fogo que queima o pudor
e no silêncio se escuta o desejo
nos escondemos do sol
me arrebatas os sentidos
se ativa o cérebro
me apertas a teu corpo
num instinto puro e selvagem
em vai-e-vem intensos gemidos
transformando segredos
em palavras proibidas
dois amantes fazendo amor
dois amantes tu e eu
no intimo ato de comunhão
em generosidade exagerada
numa batalha intensa
de ritmo insaciável
na urgência do orgasmo
sem passado nem recordações
somente estremecida!

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