Mãos prófugas
Rahel de leo(Tradução Mário Faccioni)
Oh, saboroso despertar,
Olhei até a extremidade
de meus braços, e oh, surpresa
minhas mãos não estavam
Minhas mãos, prófugas
de meu corpo,
cansadas de esperar,
foram ao teu encontro.
Qual andorinhas migratórias,
empreenderam o vôo,
até o continente
ansiando teu tíbio corpo.
Pois já ansiavam,
percorrer tua pele morena,
e com seus dedos sentir,
os contornos de teu corpo.
Calar com o indicador,
teus úmidos lábios,
quando ardente de paixão,
queriam nos deter.
Shhhh….silêncio, quieta
e deixe que eles,
em sua muda linguagem,
te digam, quanto de desejo.
Mãos prófugas,
rebeldes mãos.
que ao te percorrer
lentamente.
Te gritam,
com cada palpitar
de meu sangue
nas fibras
dos dedos.
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