Luar

Nua ao luar

Marzall(Tradução Mário Faccioni)

Não sei o que te dizer meu amor, agora que estais nua ao luar, como poderia eu dizer se brilha mais a Lua ou vossos profundos olhos cinzas, quando ambos me iluminam na escuridão...

Não sabeis quanto desejo tenho, acariciar vossos ombros para sentir sua doce e lisa pele, como desejo beijar vosso ventre para sentir a vida que levais dentro, e acariciar com meus dedos vossos lábios que pétalas pálidas parecem e sentir em meu peito vossos seios redondos tão perfeitos.

Porque nesses olhos cinzas eu vejo uma fonte, uma Lua escura; queimo de luxuria querendo possuir-los. Mas como poderiam pertencer-me, se é a Lua a quem pertences? Vosso escuro cabelo e vossa branca pele tão lisa tão perfeita; deixa admirar-te nua frente a mim enquanto a Lua nos ilumina e me deslumbra vossa beleza imperfeita.

Você e vossos seios que emanam mel e em um doce beijo roubo o doce que deles caem. Vosso ventre virgem leva dentro a minha vida; uma mãe que logo se dará a conhecer e são vossas pernas quem me sustentam e detém ao chegar a vossa cálida e eterna fonte de prazer.

Por vossos braços eu me guio e em vossos ombros me detenho, é teu pescoço que beijo, são teus lábios que sangram de dor e o ardor de teus olhos deslizam por vossos cabelos. Sou eu quem os rouba de vossa triste infância, sou eu quem os liberta e ama.

Beija-me por favor que são vossos lábios que possuem o néctar que me da o alimento que é meu alimento enquanto vossos mamilos me adoçam com sua doce carícia sobre minha pele, que queima vossa pele.

Que mais poderia querer que te ter sempre nua ao luar.

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